quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

DEPOIS DO NATAL


DEPOIS DO NATAL
                   O que pode haver de diferente após as festas de Natal? Intimamente diz-se que não há modificações externas. O que se observa é uma ressaca característica. Muita coisa fora de lugar e muito trabalho para repor as coisas a fim de que as aparências continuem atrativas.
                   Chama atenção o que as pessoas pensam.  Houve alguma culminância. Aconteceu um novo conhecimento. Surgiu um novo amor. Houve algum compromisso assumido, um noivado. Podem ter acontecido juras de amor. A euforia predominou no ambiente familiar e social. Depois do Natal nos campos exteriores da dinâmica da vida, alguma reflexão encaminha para um próximo Natal. Talvez depois das festas não haja nada de interessante. Nada cria o nada. O calendário muda. Vem a despedida do ano velho e a entrada de um ano novo. Tudo acontece num vazio existencial cujas consequências são as ressacas e as sensações inexplicáveis do valor das coisas, dos propósitos e da continuidade.
                   O coração, no entanto, sempre tem novidades. Em qualquer idade algo novo surge bem no fundo do ser humano. Os questionamentos ficam no silêncio dos aposentos arejados do coração. Houve uma abertura de portas e janelas para que a brisa do amor, da fraternidade e da solidariedade penetrassem, trazendo o perfume das flores e o farfalhar das folhas verdes da esperança.
                   O novo em cada dia é o amor que desperta a esperança. É um tempo que nos ilumina e que nos diz que vale a pena viver em harmonia com a natureza, com o meio social, com a comunidade, aprofundando as relações com o outro e, sobretudo, com Deus.
                   Depois do Natal é um tempo de reacender a fé no Salvador do mundo e escutar sua voz. Que as diversões não sejam motivo de afastamento de Deus, mas de maior compreensão da misericórdia e do amor que nos trouxe Jesus, o Filho de Deus. É um novo tempo. Uma nova história tem no Natal a fonte inesgotável do amor e da fé que nos garante a travessia.
                   Depois do Natal não se deixe apagar a luz que se acendeu no altar do coração. O tempo é de alimentar as lamparinas de nossa fé, iluminando o caminho que nos leva ao reino da acolhida e do amor.

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