quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Som do sino Igreja vira caso de polícia


15/11/2012 21h14 - Atualizado em 15/11/2012 21h14

Som de sino eletrônico de igreja vira 




caso de polícia em Cruz Alta, RS


Barulho de relógio divide opinião de moradores do município gaúcho.
Morador prestar queixa, e padre é chamado para dar esclarecimentos.

Do G1 RS
3 comentários
O som do relógio de uma igreja virou caso de polícia em Cruz Alta, no Noroeste do Rio Grande do Sul. E o padre é apontado como responsável por perturbar a tranquilidade de alguns moradores, como mostra a reportagem do RBS Notícias (veja o vídeo).
De hora em hora, o relógio desta igreja no centro do município emite um som, semelhante às badaladas de um sino. O barulho divide opiniões. “Isso já é tradicional, não incomodava antes, porque vai incomodar agora?”, questiona um morador. “Quem passa aqui não atrapalha, mas quem mora por perto atrapalha”, afirma outro.
O costume gerou outra reação de um morador. O homem, que se recusou a dar entrevista, decidiu prestar queixa na polícia. O padre responsável pela igreja, Magnus Camargo, foi chamado para prestar esclarecimentos. “Chegando na delegacia é que eu realmente soube que fui chamado por causa da perturbação do sossego”, diz o padre.
Não é a primeira vez que a paróquia enfrenta problemas por causa do relógio. Em 2009, a igreja foi multada por descumprir uma decisão, que obrigava a diminuição do volume, a cada mudança de hora. E desde maio deste ano, por ordem da Justiça, o som só pode ser emitido de segunda a sábado, entre 7h e 20h. E nos domingos e feriados, somente das 9h às 18h.
Nesta quinta-feira (15), foi feita uma nova aferição para verificar se o som do sino eletrônico está acima dos 75 decibéis permitidos. “A gente tem vindo regularmente fazer esta medição. os índices não ultrapassam 75 decibéis”, garante o diretor do Departamento de Trânsito do município, Mário Sérgio Olivesky.
Esta semana o caso também foi encaminhado à Justiça. Uma audiência pública entre o padre e o morador incomodado foi marcada para fevereiro do próximo ano. “Nós vamos continuar cumprindo a decisão da Justiça que estabeleceu os dias e horários. A gente fica indignado por uma questão dessas, porque, de repente, poderia me ver fichado na polícia”, desabafa o padre.
Para ler mais notícias do G1 Rio Grande do Sul, clique em g1.com.br/rs. Siga também o G1 RS no Twitter e por RSS.

Nenhum comentário:

Postar um comentário