DIA DO TRABALHO – uma compreensão necessária
Refletir sobre o Dia do Trabalho ou do Trabalhador (lº de maio), é buscar, na esteira da religiosidade, o referencial em José, homem da Tribo de Judá, pai adotivo de Jesus e com ofício de carpinteiro. No projeto de Deus, seu Filho veio ao mundo para experienciar a vida, recebendo os ensinamentos de um pai trabalhador, humilde e digno. Jesus se familiarizou com um ofício não considerado nobre, no contexto das ocupações.
De lá para cá, as sociedades foram se formando e se transformando, exigindo novas competências, com o advento da revolução industrial. Hoje, no mundo pós-moderno onde o lucro tornou-se imperativo, as tecnologias e os paradigmas da ciência e do conhecimento reúne os países em blocos bipolares estratégicos e, as relações de trabalho estão aí com suas lutas, conquistas e antagonismos.
Passeando pelas alamedas destas relações, encontra-se o trabalhador que comemora seu dia. Trabalho honesto produz dignidade. Hoje, o que se tem a nossa disposição é fruto de várias mãos. O trabalho tem de ser realizado com prazer, pois é parte da vida.
Neste mundo globalizado, sustentado pela doutrina economicista neoliberal, é salutar que se comemora o trabalho como dignidade para ter moradia, saúde, educação, vestuário, transporte, lazer e comida na mesa. Não importa sua natureza e instrumento, deverá resultar em qualidade de vida. Nesta breve reflexão, é lembrado o esforço humano para mudar as relações sociais no mundo do trabalho.
Na teia do sistema produtivo são muitos os excluídos, pois não têm acesso às competências sob a ótica da racionalidade técnica, da competitividade e do lucro. E, comemorar este dia é preciso buscar um novo significado para o trabalho; pois para milhares, a incessante procura pelo seu espaço; para outros, o agradecimento pelo conquistado e outros tantos a desesperança. Há ainda os que lembram do ano de 1886, na industrializada cidade de Chicago, nos Estados Unidos, onde milhares de trabalhadores foram às ruas reivindicar melhores condições de trabalho e, muitos morreram no confronto com policiais. A historia da luta dos trabalhadores tem como palco sucessivos episódios, e para homenagear os que tombaram, a Segunda Internacional Socialista, em 1889, em Paris –França, criou o Dia Mundial do Trabalho.
No caso brasileiro, há comemorações pelas conquistas, eventos reivindicatórios, reuniões sindicais, e a luta continuam para melhor equalização das forças produtivas e assegurar o direito do trabalhador. Nisto, paira uma pergunta: Onde ficam os que não têm voz e vez?
Isto posto, resta sinalizar novos contornos ao Dia do trabalho: criar novas oportunidades e incluir os excluídos. Certamente este fio condutor contribuirá para a dignidade humana para a construção de uma sociedade mais feliz.
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